Golpe de Estado no Brasil em
1964 foi o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, que culminaram, no dia 1º de abril de 1964, com um golpe militar que encerrou o governo do
presidente democraticamente eleito João Goulart, também conhecido como Jango.
Para
entendermos o golpe militar de 64, é necessário voltar no tempo e analisar o
contexto mundial da época.
O mundo vivia a grande Guerra Fria, conflitos estratégicos e indiretos entre
duas nações, a União Soviética e os Estados Unidos. O mundo inteiro estava
dividido entre essas duas grandes potencias, o Brasil adotou uma posição de
neutralidade dos blocos, sendo que era um país independente dos dois blocos.
Em
janeiro de 1959, Cuba, um país subordinado aos interesses norte-americanos, até
então, tornou-se socialista e aliado ideológico-politico dos soviéticos, por
meio de uma revolução liderada por Fidel Castro, Raúl Castro, Ernesto Che
Guevara e Camilo Cienfuegos.
O
sucesso da revolução foi um grande golpe na política externa dos EUA, em pleno
auge da Guerra Fria, um país que se localizava a poucos quilômetros da Flórida,
era um país socialista dentro da área capitalista. Depois que os socialistas
tomaram o poder em Cuba, os EUA decidiram adotar medidas mais agressivas em
relação a America Latina.
O
grande golpe militar brasileiro já estava tomando forma em 1961, quando Jânio
Quadros renunciou misteriosamente a presidência e passou o poder para o vice
presidente João Goulart, mais conhecida como Jango.
Quando Jânio foi questionado sobre o motivo de sua renúncia ele disse: “Forças ocultas me forçaram a isso.”
No dia 13 de março de 1964,
data da realização de comício em frente à Estação Central do
Brasil, na cidade do Rio de
Janeiro,
perante trezentas mil pessoas, Jango decreta a nacionalização das refinarias privadas de petróleo e a desapropriação para fins de
reforma agrária de propriedades às margens de ferrovias, rodovias e zonas de
irrigação de açudes públicos, controlarem a
remessa de dinheiro para o exterior, dar canais de comunicação aos estudantes e
permitir que os analfabetos, maioria da população, votassem.
O estopim para o golpe militar aconteceu em março de 1964,
logo após esse discurso de Jango, na Central do Brasil.
Imediatamente a isso, a
elite reagiu: o clero conservador, a imprensa, o empresariado e a direita em
geral organizaram, em São Paulo, a "Marcha da Família Com Deus pela
Liberdade",
que reuniu cerca de 500 mil pessoas. O repúdio às tentativas de reforma à
Constituição Brasileira e a defesa dos princípios, garantias e prerrogativas
democráticas constituíram a tônica de todos os discursos e mensagens. Após a
marcha, o Brasil inteiro estava em alerta, e com apoio de parte da população
brasileira, a tomada do poder pelos militares aproximava-se.
Os EUA ofereceram total
apoio ao golpe militar, enviando porta-aviões para o sul do Brasil, e lançando
a operação Brother Sam, garantindo uma rápida invasão das forças armadas
americanas, caso se os militares que apoiavam Goulart resistissem ao golpe.
“Declaro vaga a presidência
da Republica”, essas palavras foram ditas por Auro de Moura Andrade, o então
presidente do congresso, que apoiou o golpe militar.
Em 31 de março daquele ano, os militares
iniciam a tomada do poder e a deposição de Jango. No dia 2 de abril, o
presidente João Goulart partiu de Brasília para Porto Alegre e Ranieri Mazzilli (PSD) assumiu
a presidência interinamente. Dois dias depois, João Goulart se exilou no Uruguai.
Em nove de
abril, foi editado o AI-1 (Ato Institucional número 1), decreto
militar que depôs o presidente e iniciou as cassações dos mandatos políticos.
No mesmo mês, o marechal Castello Branco (Arena) foi empossado presidente, começava então, a Ditadura Militar Brasileira.
Muito bom!!! Gostei ♥♥
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